Lenda da Senhora dos Remédios
Conta esta lenda que, tendo os muçulmanos ocupado este território no séc. VIII, os cristãos aqui instalados receosos que a imagem da Virgem, muito venerada, fosse profanada pelos ditos infiéis, a procuraram esconder numa gruta junto ao actual Cabo Carvoeiro, tendo esta aí ficado guardada durante muitos anos.
Entretanto, durante o séc. XII, no reinado de D. Afonso Henriques, um criminoso, fugido à justiça, procurava refúgio nas cavidades rochosas da vertente ocidental da então ilha de Peniche, quando de forma providencial encontra numa pequena gruta a imagem da Virgem, que havia sido escondida quase quinhentos anos antes.
Receando que naquele sítio a imagem estivesse sujeita a roubo ou profanação, trataram os habitantes de a levar para a então existente igreja de S. Vicente, em Peniche de Cima.
Porém, de todas as vezes que o tentaram a imagem misteriosamente desaparecia do seu altar, voltando a ser encontrada na mesma gruta onde havia sido descoberta.
Certos de que tal fenómeno correspondia à vontade da Santa, ergueram sobre a dita cavidade uma pequena capelinha, antecessora da actual Capela de Nossa Senhora dos Remédios, onde ainda hoje se conserva a sagrada imagem.
Culto da chamada Senhora dos Remédios.
A importância deste culto traduzido em peregrinações anuais, os Círios, terá motivado a criação de um santuário no séc. XVII, composto pela referida capela e por uma praça fronteira orlada de casas onde se encontravam a residência do ermitão e dos mordomos, as hospedarias e as cavalariças. Elementos Artísticos: As paredes da capela são forradas a azulejos do séc. XVII. Na capela-mor, encontra-se a Imagem de N. Sra. dos Remédios.
Festa anual no 3.º Domingo de Outubro e círios
Actividades religiosas: Missa Festas, Romarias Procissões.
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